A proposta altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, buscando modificar os conteúdos curriculares do ensino fundamental e médio em escolas públicas e privadas. Com isso, as abordagens femininas devem englobar aspectos da história, ciência, arte e cultura do Brasil e do mundo, destacando as contribuições de mulheres em diversas áreas, como científica, social, artística, cultural, econômica e política.
De acordo com a justificativa do projeto, as mulheres enfrentam baixa representatividade no mundo científico devido a preconceitos e desencorajamentos em relação aos espaços que podem ocupar, apesar de demonstrarem excelente desempenho acadêmico. A senadora Soraya Thronicke, relatora do projeto, ressaltou a importância da iniciativa para promover uma maior igualdade de oportunidades para as mulheres em áreas em que historicamente não se sentem representadas.
No entanto, o senador Flávio Azevedo expressou sua opinião contrária, considerando a redação do projeto como “um pouco equivocada” e defendendo a isenção das escolas privadas da modificação no currículo. Aprovado em votação simbólica, o projeto recebeu votos contrários de alguns senadores, como Cleitinho, Hamilton Mourão, Esperidião Amin e Sergio Moro.
Apesar das divergências, a aprovação do projeto representa um avanço na promoção da igualdade de gênero e no reconhecimento das contribuições das mulheres para a sociedade. A inclusão de abordagens femininas nos currículos escolares é vista como um passo importante para desconstruir estereótipos de gênero e inspirar meninas a explorarem novas áreas e carreiras, contribuindo assim para um futuro mais igualitário e diversificado.