O Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro já havia alertado para o crescimento significativo das queimadas no estado, com um aumento de cerca de 85% em comparação com o ano anterior. Os municípios mais afetados são o Rio de Janeiro, São Gonçalo e Duque de Caxias, liderando o ranking de ocorrências. A qualidade do ar também tem sido comprometida, gerando preocupações com a saúde da população, especialmente em áreas urbanas afetadas pela fumaça.
Especialistas apontam que os ecossistemas ficam mais vulneráveis a incêndios em momentos de seca, como o atual, influenciado por fatores como o aquecimento global e os fenômenos climáticos El Niño e La Niña. Apesar do clima seco contribuir para a propagação das chamas, a origem das queimadas muitas vezes é criminosa, resultando em investigações e prisões em diversos estados do país.
Já em relação à qualidade do ar, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) divulgou um boletim indicando uma melhora nas condições, com tendência de dispersão dos poluentes. No entanto, alguns municípios ainda registraram situações de ar ruim, o que pode afetar a saúde da população, especialmente crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias ou cardiológicas. Recomendações do Ministério da Saúde incluem o aumento da ingestão de água, a permanência em ambientes fechados com ar condicionado e a suspensão de atividades ao ar livre durante os horários de maior concentração de poluentes.
O aumento das queimadas e a deterioração da qualidade do ar no Rio de Janeiro refletem um cenário preocupante que impacta tanto o meio ambiente quanto a saúde pública, necessitando de ações urgentes para mitigar os efeitos dessas ocorrências.