Assessor de Putin defende retorno do serviço militar universal na Rússia em meio a estado de guerra prolongada no mundo.

Em um cenário de tensões internacionais, um dos assessores do presidente da Rússia, Vladimir Putin, defendeu o retorno do serviço militar universal no país, argumentando que o mundo vive um estado de guerra prolongada. As declarações foram feitas em uma conferência na Universidade de Belgorod, cidade frequentemente alvo de ataques ucranianos, pelo chefe do Conselho Presidencial de Direitos Humanos (CDH), Valery Fadeev.

Fadeev destacou que o Ocidente enxerga a Rússia como um inimigo crescente, o que, segundo ele, justifica a necessidade de acelerar a militarização da sociedade russa, começando pelos jovens. O assessor defendeu a ideia de um recrutamento universal, argumentando que todos os jovens, independentemente de sua condição de saúde, deveriam passar pelo Exército devido ao estado de guerra em que o mundo se encontra.

Atualmente, as normas russas exigem que todos os homens se apresentem aos 17 anos para uma avaliação de saúde, que determinará sua capacidade de servir nas Forças Armadas. Em seguida, no ano seguinte, os que passarem na avaliação inicial podem ser chamados para o serviço militar obrigatório, mas existem diversas razões que podem resultar em dispensa, como matrícula em universidades e situações ligadas ao trabalho.

O presidente Putin tem buscado expandir o número de recrutas para funções internas, sem envio para as linhas de frente de conflito. Entretanto, casos de jovens recrutas envolvidos em situações de combate têm sido relatados. Alguns analistas apontam que recrutas sem treinamento adequado têm agido na contenção da ofensiva ucraniana na região de Kursk.

Fadeev ressaltou que não está propondo uma mobilização, mas sim apresentando um argumento para o futuro da Rússia. Ele também defendeu o aumento do orçamento militar do país, destacando a importância de investir em defesa para garantir a segurança nacional. O assessor também criticou os russos que deixaram o país para evitar o serviço militar, argumentando que não possuem uma educação adequada sobre o funcionamento do mundo. Ele ainda defendeu a expansão dos campos militares-patrióticos para crianças, destacando a importância dessa abordagem na agenda conservadora e nacionalista do presidente Putin.

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