Kamala Harris encurrala Donald Trump em debate, mas perde oportunidade de detalhar propostas para eleitores decisivos.

No dia 11 de setembro, durante a cerimônia em memória das vítimas do atentado do grupo Al-Qaeda em 2001, em Nova York, Kamala Harris e Donald Trump trocaram um aperto de mãos sob os olhos do presidente Joe Biden. Esse momento de cortesia aconteceu após um debate acalorado na Filadélfia, onde a democrata encurralou o republicano.

O debate foi marcado por temas que preocupam os americanos, como o direito ao aborto, a imigração e a economia. Harris, de 59 anos, levou Trump, de 78 anos, ao limite. Ela expôs as situações das mulheres que vivem em estados que restringiram o acesso ao aborto e provocou Trump ao mencionar que Putin estaria tomando medidas extremas na Europa se Trump estivesse na Casa Branca.

Visivelmente irritado, o republicano acusou a democrata de copiar o programa econômico de Biden e de permitir a entrada de pessoas de prisões e instituições psiquiátricas no país. Trump afirmou que o debate foi manipulado contra ele e repetiu diversas mentiras, incluindo um boato sobre migrantes comendo animais de estimação em Ohio.

Apesar das polêmicas, especialistas acreditam que o debate não terá um grande impacto nas pesquisas, que estão atualmente empatadas. No entanto, a estratégia de Harris em empurrar Trump para um discurso caótico pode influenciar a percepção dos eleitores sobre o republicano.

Com a desistência de Biden da reeleição e a passagem do bastão para Harris, a história política americana contemporânea passa por uma grande mudança. Um novo debate não está descartado, já que a democrata desafiou o rival para um segundo enfrentamento. Enquanto isso, um debate entre os candidatos à vice-presidência, Tim Walz e JD Vance, está programado para o início de outubro em Nova York.

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