A medida será implementada em estados como o Pantanal e a Amazônia, além de localidades do oeste paulista e parte do Paraná. A iniciativa segue o modelo das tendas de atendimento rápido contra a dengue, usadas no início do ano. O objetivo é conter os efeitos nocivos do clima extremo na saúde dos brasileiros.
O aumento das queixas de náuseas e vômitos em diversas regiões tem acendido um alerta para as autoridades de saúde. Em Goiás, por exemplo, houve um crescimento de 46% nesses tipos de sintomas. No Distrito Federal, o número de atendimentos dobrou, enquanto no Tocantins o aumento foi superior a 190%.
A situação é agravada pelos incêndios que têm devastado diferentes biomas do país. Do Centro-Oeste à região Norte, a seca severa, a onda de calor e a fumaça das queimadas têm contribuído para um aumento significativo de focos de calor. Somente entre sexta-feira e sábado, foram registrados 8225 focos em todo o território nacional, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Diante desse cenário crítico, o governo se coloca em estado de alerta e planeja medidas emergenciais para garantir o atendimento à população afetada. O secretário nacional de Atenção Primária, Felipe Proenço, ressaltou a possibilidade da utilização de estruturas maiores, como hospitais de campanha, caso haja um colapso na rede de saúde. Por ora, o foco está na prevenção e no atendimento imediato aos cidadãos que apresentarem sintomas relacionados ao clima adverso.