O que parecia ser um lar feliz e um pai exemplar escondia um verdadeiro monstro, como ficou evidente durante o julgamento de Pélicot. Especialistas apontaram características preocupantes em sua personalidade, como o caráter colérico e a propensão à transgressão em questões sexuais. Ele se apresentava como um homem estável, respeitado na comunidade, mas escondia uma face obscura de dissimulação e propensão ao crime.
O modus operandi de Pélicot revelou ações escabrosas que remetem a um possível serial estuprador. Acusações de tentativa de estupro e envolvimento em outros casos de estupro e assassinato surgiram durante a investigação policial. Sua esposa, Gisèle, foi usada como isca em um esquema de submissão química, onde era entregue a estranhos para ser estuprada em seu próprio quarto.
Detalhes surpreendentes do caso incluem o uso de ansiolíticos escondidos e fotos íntimas tiradas sem consentimento. Pélicot demonstrou uma adicção patológica ao ver sua esposa sendo tocada por outros homens, criando um ambiente de terror e controle sobre a vítima. O casal viveu durante anos uma ilusão de normalidade, enquanto as ações repugnantes do marido continuavam ocultas da família e amigos.
A filha do casal, Caroline Darian, tornou-se uma das vozes contra os abusos sexuais, após ser vítima do próprio pai. Seu relato revela um padrão de manipulação e violência que permeava a família Pélicot. A história desse casal francês expõe a fragilidade das relações e a capacidade cruel que pode existir no ser humano. A justiça está sendo feita, mas as marcas desse triste episódio certamente permanecerão por muito tempo na vida de todos os envolvidos.