Essa operação é uma continuação da ação realizada em dezembro de 2023, quando foram cumpridos mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva. Na ocasião, foram apreendidos diversos documentos, como cartões bancários em nome de terceiros, documentos de identificação falsos, e um manuscrito contendo informações de benefícios previdenciários fraudulentos. Além disso, uma carteira da OAB/RJ obtida ilegalmente por meio de documentos falsos também foi apreendida.
Após análise do material apreendido, a Polícia Federal identificou 27 benefícios fraudulentos que vinham sendo pagos desde 2010, totalizando um prejuízo de R$ 8.710.000 aos cofres públicos. A investigação também revelou o envolvimento de gerentes bancários, servidor do INSS, despachante, pessoas que se passavam por beneficiários fictícios, e fraudadores que colaboravam para a manutenção das fraudes.
Além das prisões e buscas, a Justiça determinou o bloqueio de bens dos investigados no valor correspondente ao prejuízo causado, além do sequestro de 11 imóveis. Os investigados responderão por associação criminosa, estelionato previdenciário, falsidade de documento público e lavagem de dinheiro, crimes que somados podem resultar em mais de 26 anos de prisão.
A Operação Estelião II contou com o apoio do Núcleo Regional de Inteligência da Previdência Social no Estado do Rio de Janeiro e da Unidade de Inteligência da Delegacia de Repressão aos Crimes Fazendários da PF/RJ. O nome da operação faz referência ao lagarto Estelião, associado à falsidade devido à sua capacidade de camuflagem para enganar seus inimigos.