Segundo o subsecretário do Tesouro, Wally Adeyemo, as sanções têm como alvo aqueles que estiveram envolvidos nas alegações fraudulentas e ilegítimas de vitória do presidente Nicolás Maduro, bem como na repressão à liberdade de expressão após as eleições. As ações foram tomadas em resposta à prisão indiscriminada de venezuelanos por exercerem seus direitos políticos e civis, além de outras táticas de intimidação para silenciar a oposição.
Entre os alvos das sanções estão membros importantes do Supremo Tribunal de Justiça, como os juízes Inocencio Antonio Figueroa Arizaleta, Malaquías Gil Rodríguez, Juan Carlos Hidalgo Pandares, Caryslia Beatriz Rodríguez Rodríguez e Fanny Beatriz Márquez Cordero. Essas medidas são uma resposta às ações do governo de Maduro, que culminaram na emissão de um mandado de prisão contra o candidato presidencial eleito, forçando-o a buscar asilo na Espanha.
As eleições em questão geraram protestos, sendo que a proclamação da vitória de Maduro resultou em 27 mortos, cerca de 200 feridos e mais de 2.400 presos. Os EUA já haviam imposto diversas sanções às autoridades venezuelanas no passado, incluindo o próprio Maduro, acusado de tráfico de drogas. Em abril, o governo Biden restabeleceu algumas sanções ao setor petrolífero e de gás, após uma suspensão temporária.
A situação na Venezuela segue conturbada, com a comunidade internacional atenta às ações do governo de Maduro e às respostas dos Estados Unidos e de outros países. As sanções parecem ser uma forma de pressionar por mudanças democráticas no país latino-americano, que enfrenta uma grave crise política e econômica há anos.
