As ações militares na região de Kursk surgem em meio à visita do secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, à Polônia para discutir os pedidos de ajuda militar da Ucrânia, que enfrenta uma invasão russa desde fevereiro de 2022. O Ministério da Defesa em Moscou afirmou que as forças russas libertaram as dez localidades em questão em apenas dois dias, como parte de operações ofensivas realizadas na região.
Estes são os primeiros sucessos militares reivindicados pelo exército russo na área. De acordo com informações da Ucrânia, suas tropas conseguiram tomar cerca de cem localidades e quase 1.300 km² de território russo desde o início da incursão no começo de agosto. Zelensky, ao relatar a contraofensiva russa, declarou que essa resposta de Moscou se ajusta ao plano ucraniano, sem fornecer mais detalhes sobre o assunto.
Enquanto isso, a pressão das tropas russas na região de Donbass, no leste da Ucrânia, continua intensa, com a cidade estratégica de Pokrovsk sendo ameaçada pela proximidade das forças inimigas. Zelensky denunciou um bombardeio russo que resultou na morte de três ucranianos que estavam em veículos do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), além de acusar a Rússia de ter atacado um navio que transportava trigo para o Egito no Mar Negro.
Por sua vez, Blinken, que está em Varsóvia para discutir questões militares com a Ucrânia, destacou a urgência em avaliar os pedidos ucranianos e afirmou que a vítima de uma agressão tem o direito de se defender. Os Estados Unidos ainda não autorizaram Kiev a atacar alvos na Rússia com suas armas, temendo uma escalada do conflito.
Além disso, a situação em Pokrovsk é crítica, com a cidade enfrentando cortes no abastecimento de água e gás devido aos combates. O governador regional alertou para a deterioração das condições de vida na região e pediu a evacuação dos moradores. A prefeitura da cidade reforçou que a situação não deve melhorar em breve, indicando a grave crise humanitária que se instalou na localidade.