Indústria, o setor que paga os maiores salários, foi o que menos criou vagas formais em 2023, aponta Rais

A indústria, considerada o setor que oferece os maiores salários médios aos trabalhadores formais no Brasil, apresentou um desempenho aquém do esperado em termos de criação de empregos ao longo do ano passado, de acordo com os dados preliminares da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) de 2023, divulgada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) nesta quinta-feira (12).

Enquanto outros setores da economia registraram crescimento no número de vínculos formais, a indústria teve um incremento modesto, com um aumento de apenas 1,4% no número de vagas geradas. A subsecretária nacional de Estatística e Estudos do Trabalho, Paula Montagner, destacou que a indústria continua sendo o segmento com o maior salário médio, atingindo R$ 4.181,51, seguido pelos setores de serviços, construção civil, comércio e agropecuária.

No geral, os cinco principais setores econômicos apresentaram um crescimento de 1.511.203 postos de trabalho, elevando o estoque de empregos formais no setor privado para 44.469.011 milhões no fim do ano passado, uma variação positiva de 3,5%. A construção civil se destacou com um aumento de 6,8% no número de vínculos formais, seguida pelos serviços com um crescimento de 4,8%.

A Região Sudeste continua liderando em número de empregos formais, mas as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste registraram os maiores crescimentos percentuais. Em termos de nacionalidades, os venezuelanos foram o grupo que mais cresceu, seguidos pelos haitianos e paraguaios.

No entanto, o total de trabalhadores com contratos a prazo determinado apresentou uma leve queda, enquanto o número de aprendizes e trabalhadores temporários aumentou. A subsecretária também ressaltou que a inclusão de pessoas com deficiências físicas ou múltiplas contribuiu para o crescimento da proporção de pessoas com deficiência no mercado formal de trabalho.

Os dados completos da Rais 2023, incluindo o setor público, serão divulgados apenas no quarto trimestre. 2024 promete ser um ano desafiador para a indústria brasileira, que terá que buscar alternativas para impulsionar a geração de empregos e contribuir para o crescimento econômico do país.

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