Enquanto outros setores da economia registraram crescimento no número de vínculos formais, a indústria teve um incremento modesto, com um aumento de apenas 1,4% no número de vagas geradas. A subsecretária nacional de Estatística e Estudos do Trabalho, Paula Montagner, destacou que a indústria continua sendo o segmento com o maior salário médio, atingindo R$ 4.181,51, seguido pelos setores de serviços, construção civil, comércio e agropecuária.
No geral, os cinco principais setores econômicos apresentaram um crescimento de 1.511.203 postos de trabalho, elevando o estoque de empregos formais no setor privado para 44.469.011 milhões no fim do ano passado, uma variação positiva de 3,5%. A construção civil se destacou com um aumento de 6,8% no número de vínculos formais, seguida pelos serviços com um crescimento de 4,8%.
A Região Sudeste continua liderando em número de empregos formais, mas as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste registraram os maiores crescimentos percentuais. Em termos de nacionalidades, os venezuelanos foram o grupo que mais cresceu, seguidos pelos haitianos e paraguaios.
No entanto, o total de trabalhadores com contratos a prazo determinado apresentou uma leve queda, enquanto o número de aprendizes e trabalhadores temporários aumentou. A subsecretária também ressaltou que a inclusão de pessoas com deficiências físicas ou múltiplas contribuiu para o crescimento da proporção de pessoas com deficiência no mercado formal de trabalho.
Os dados completos da Rais 2023, incluindo o setor público, serão divulgados apenas no quarto trimestre. 2024 promete ser um ano desafiador para a indústria brasileira, que terá que buscar alternativas para impulsionar a geração de empregos e contribuir para o crescimento econômico do país.