A desaceleração da inflação acumulada em 12 meses foi observada em todas as classes sociais, com destaque para as famílias de renda mais baixa, que apresentaram a menor inflação acumulada (3,72%) e a faixa de renda alta, com o índice mais elevado (4,97%).
Os setores de alimentos e bebidas e habitação foram os principais responsáveis pela queda inflacionária em todas as classes de renda. A deflação em produtos como cereais, tubérculos, hortaliças, aves, ovos, leites, derivados e panificados resultou em um alívio inflacionário, sobretudo para as famílias com menor poder aquisitivo, que gastam uma parte maior de seu orçamento com esses itens.
No que diz respeito à habitação, a redução de 2,8% nos preços da energia elétrica, devido ao retorno da bandeira tarifária verde e às reduções tarifárias em algumas capitais, contribuiu para a diminuição da inflação em agosto.
Mesmo com a deflação nos alimentos, energia e redução nos preços das passagens aéreas, as famílias de renda alta enfrentaram pressão inflacionária devido ao aumento nas mensalidades escolares, planos de saúde, serviços médicos, dentários e despesas pessoais.
Em resumo, a desaceleração da inflação em agosto deste ano em comparação com o mesmo período do ano anterior foi influenciada principalmente pela melhora nos setores de habitação e saúde, além da deflação de produtos de higiene.