De acordo com a Moderna, os gastos com pesquisa e desenvolvimento serão reduzidos em 20% no período de 2025 a 2028, totalizando US$ 16 bilhões. A expectativa é de que os gastos com P&D cheguem a aproximadamente US$ 4,8 bilhões somente neste ano.
Com a redução nos investimentos em P&D, a Moderna busca atingir o ponto de equilíbrio em termos de caixa operacional até 2028. A empresa afirmou que possui recursos suficientes para financiar seus planos sem a necessidade de levantar capital adicional.
Além disso, a Moderna revelou que espera gerar uma receita entre US$ 2,5 bilhões e US$ 3,5 bilhões em 2025, números inferiores às estimativas dos analistas. Eles esperavam vendas de US$ 3,87 bilhões para o mesmo período.
Para diversificar e reduzir a dependência das vacinas contra a covid-19, a empresa planeja obter a aprovação de 10 novos produtos nos próximos três anos. Esta estratégia visa ampliar o portfólio da Moderna e garantir uma maior estabilidade financeira no futuro.
Diante dessas notícias, o mercado reagiu negativamente, com as ações da empresa recuando 12,95% às 14h38 (horário de Brasília) em Nova York. A decisão da Moderna de cortar gastos com P&D foi um dos principais fatores que influenciaram essa queda no valor das ações.
Essa mudança estratégica da Moderna coloca em evidência o constante desafio das empresas de biotecnologia em equilibrar os investimentos em pesquisa e desenvolvimento com a rentabilidade financeira, especialmente em um mercado altamente competitivo e dinâmico como o atual. A Moderna agora terá que provar a eficácia de sua estratégia de redução de gastos a longo prazo e o impacto que isso terá em seu futuro no setor de biotecnologia.
