Os investigadores solicitam ao STF que avalie a competência para analisar o caso, uma vez que as denúncias referem-se a um período em que o ex-ministro possuía foro privilegiado. Dessa forma, a PF solicita a definição do STF sobre se o caso deve ser analisado pela Corte Suprema ou por instâncias inferiores da Justiça, sem estabelecer um prazo para decisão.
A demissão de Silvio Almeida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ocorreu na semana passada, após as denúncias serem publicadas pelo portal de notícias Metrópoles e confirmadas pela entidade Me Too, organização que defende os direitos das mulheres vítimas de violência.
Apesar de manter em sigilo os nomes e demais detalhes, a organização revelou que atendeu mulheres que afirmam terem sido vítimas de assédio sexual por parte de Silvio Almeida. Na última terça-feira (10), a PF ouviu uma dessas mulheres, cujo depoimento também está sob sigilo.
Em nota divulgada após as acusações, Silvio Almeida repudiou veementemente as denúncias, chamando-as de mentiras e ilações absurdas. O ex-ministro enfatizou seu compromisso com os direitos humanos e a cidadania no país, e se mostrou entristecido com a situação, declarando que as acusações visam prejudicá-lo e desestruturar a pauta de direitos humanos e igualdade racial no Brasil.
Dessa forma, o caso segue sob análise do STF, aguardando a definição sobre a competência para a continuidade das investigações. A polêmica em torno das acusações de assédio sexual contra o ex-ministro Silvio Almeida continua repercutindo e envolvendo diversas entidades e instituições.