Uma das metas estabelecidas pelo governo é a redução da mortalidade materna em geral em 25% até 2027, e em 50% quando se considera apenas as mulheres negras. Atualmente, a taxa de mortalidade materna entre mães pretas é o dobro da média nacional, atingindo 110,6 óbitos a cada 100 mil nascidos vivos. O Brasil busca alcançar as metas estabelecidas pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU até 2030, que preconizam um máximo de 30 óbitos por 100 mil nascidos vivos.
Durante o evento de lançamento do programa, que ocorreu em Belford Roxo, no Rio de Janeiro, o presidente Lula relembrou emocionado a morte de sua primeira esposa e filho em 1971, em decorrência de um parto de emergência mal sucedido. Emocionado, ele destacou a importância de tratar todas as pessoas com respeito e dignidade, independente de sua cor, origem ou religião.
A nova Rede Alyne é uma homenagem a Alyne Pimentel, uma jovem que faleceu grávida de seis meses devido à falta de atendimento adequado na rede pública de saúde em Belford Roxo, em 2002. A morte de Alyne levou o Brasil a ser condenado internacionalmente pela ONU, com recomendações para a redução das mortes maternas evitáveis, consideradas uma violação dos direitos humanos das mulheres.
O projeto prevê investimentos significativos, como a construção de 36 novas maternidades e 30 centros de Parto Normal pelo PAC da Saúde, além do incentivo ao uso do Método Canguru, que propicia benefícios comprovados para bebês prematuros. A Rede Alyne também prevê a disponibilização de um novo repasse para aumentar a oferta de leite materno nas unidades neonatais, visando garantir um cuidado adequado aos recém-nascidos.
Para facilitar o monitoramento das gestantes, está previsto o lançamento de uma versão eletrônica da Caderneta da Gestante através do aplicativo “Meu SUS Digital” ainda em 2024. Com essas medidas, o governo busca promover um atendimento mais humanizado e inclusivo para todas as mulheres brasileiras, garantindo um cuidado de qualidade e respeito durante a gestação e o parto.