Os alvos das notícias falsas eram candidatos a prefeito, e as ações do grupo incluíam não apenas a propagação de informações enganosas, mas também a ocupação de funções públicas em diversas cidades do estado. Segundo a PF, os criminosos desenvolveram um esquema sofisticado e lucrativo baseado na contratação de pessoas para influenciar o processo eleitoral em diferentes municípios.
As pessoas contratadas recebiam instruções para disseminar notícias falsas sobre candidatos à prefeitura, circulando diariamente em locais com grande concentração de pessoas, como pontos de ônibus, padarias e bares. Recebiam pagamento mensalmente, sendo que os coordenadores do esquema ainda recebiam benefícios adicionais e eram contratados pelas prefeituras locais.
A investigação revelou que a organização criminosa concentrava sua atuação em São João de Meriti, no Rio de Janeiro, mas também expandiu suas ações para outras 10 cidades do estado. Além disso, relatórios diários eram elaborados para acompanhar o alcance da campanha criminosa, com a especificação da quantidade de eleitores abordados, votantes em cada candidato e total de eleitores convertidos para o candidato beneficiário do esquema.
Os acusados da operação são investigados por diversos crimes, como organização criminosa, desvio de funcionários públicos, lavagem de dinheiro e disseminação de notícias falsas, previstos no Código Eleitoral. As investigações apontam que a quadrilha já teria influenciado em pelo menos três eleições municipais.
Diante de tantas revelações, os membros da organização criminosa enfrentam agora as consequências de suas ações fraudulentas. A ação da Polícia Federal reforça a importância da investigação e combate a práticas ilegais que visam comprometer a integridade do processo eleitoral e a democracia.
