De acordo com a pesquisa, realizada entre os dias 2 e 11 de setembro, 64,7% dos municípios participantes (1.563 no total) relataram falta de imunizantes por pelo menos 30 dias. A vacina contra varicela é a mais deficiente, com 1.210 municípios enfrentando desabastecimento, seguida pela vacina contra a covid-19 para crianças (770 municípios) e a meningocócica C (546 municípios).
Outras vacinas essenciais também estão em falta, como a Tetraviral, Hepatite A e DTP, o que levanta preocupações com a proteção da população contra doenças evitáveis por vacinação. O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, enfatizou a responsabilidade do governo federal na compra e distribuição das vacinas, pedindo ação urgente para garantir a imunização em todo o país.
A pesquisa destacou que, entre os estados mais afetados pela escassez de vacinas, Santa Catarina lidera com 83,7% dos municípios relatando falta de imunizantes. O Sudeste é a região com maior número de municípios afetados, seguido pelo Sul, Nordeste, Centro-Oeste e Norte.
Em resposta às preocupações levantadas, o Ministério da Saúde afirmou que não há uma falta generalizada de vacinas no Brasil e que mantém envios regulares aos estados para abastecer os municípios. No entanto, a pasta reconheceu a necessidade de adotar estratégias para garantir a vacinação em dia e a proteção da população.
O Ministério informou que foram distribuídas milhões de doses das principais vacinas mencionadas na pesquisa, incluindo a covid-19, e está em andamento ações para suprir a demanda de imunizantes. Medidas como a substituição da vacina contra meningocócica C pela Meningo ACWY foram adotadas para manter a população protegida.
Diante da gravidade da situação, é essencial que as autoridades competentes ajam de forma rápida e eficaz para garantir o acesso equitativo às vacinas em todo o território nacional e proteger a saúde da população, principalmente das crianças, que dependem desses imunizantes para uma vida saudável e segura.