Repórter Recife – PE – Brasil

Fumaça das queimadas provoca ‘chuva preta’ em vários estados do Brasil e do Uruguai, alertam autoridades e meteorologistas

A fumaça proveniente das queimadas que assolam o Brasil tem causado um fenômeno peculiar: a chamada “chuva preta”. Nas redes sociais, vídeos têm circulado mostrando a ocorrência desse evento em diversos estados brasileiros, como Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, além do Uruguai. A previsão é de que a chuva escura aconteça também em São Paulo e Mato Grosso do Sul.

Mas afinal, o que é essa chuva preta? Trata-se de um fenômeno gerado pela mistura das partículas de fumaça e poluentes presentes na atmosfera com as gotas de chuva, resultando em uma coloração escura. Essa água contaminada pode poluir as águas superficiais e a vegetação, sendo imprópria para o consumo humano devido à presença de substâncias nocivas à saúde.

A MetSul Meteorologia afirma que todas as regiões do Rio Grande do Sul estão suscetíveis a registrar chuva preta nos próximos dias, devido à grande quantidade de material particulado na atmosfera. Cidades como Arroio Grande, São Lourenço do Sul, Pelotas e São José do Norte já relataram a ocorrência desse fenômeno, que também deve atingir Porto Alegre e sua região metropolitana.

Além disso, brasileiros na fronteira com o Uruguai e moradores de cidades do Oeste catarinense também testemunharam a chuva preta. A previsão é de que a chuva escura se expanda para Santa Catarina e Paraná, permanecendo ao longo do fim de semana, devido à combinação das chuvas com a fuligem proveniente do corredor de fumaça da Amazônia.

Em São Paulo, a capital já tem registrado “chuvas” de fuligem na Zona Oeste e na divisa com Osasco. Com a chegada de uma frente fria, espera-se um aumento na quantidade de fumaça sobre o estado e a consequente ocorrência de chuva preta. Recomenda-se cuidado redobrado, especialmente a grupos vulneráveis, e a população deve seguir as orientações do governo para minimizar os impactos da intensa fumaça atmosférica e da chuva preta. Medidas como monitoramento das condições do ar, hidratação adequada e redução da exposição ao ar livre são essenciais para enfrentar esse cenário adverso.

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