Greve de 24 horas dos sindicatos aeronautas argentinos causa 319 cancelamentos de voos e afeta 30 mil passageiros da Aerolíneas Argentinas.

Uma greve de 24 horas dos sindicatos aeronautas argentinos iniciada nesta sexta-feira (13) causou um grande impacto no setor de aviação do país. A paralisação resultou em 319 cancelamentos de voos e afetou mais de 30.000 passageiros da Aerolíneas Argentinas, conforme informações divulgadas pela empresa e pelos sindicatos envolvidos.

De acordo com a companhia aérea nacional argentina, o custo econômico dessa medida já ultrapassou os 2,5 milhões de dólares, o equivalente a cerca de R$ 14 milhões. Os sindicatos, representados pelo sindicato dos pilotos (Apla), alegaram uma defasagem salarial de 70% em relação a uma inflação de 236,7% em agosto. Além disso, criticaram a falta de propostas por parte da empresa, exigindo um ajuste salarial de pelo menos 25%.

A greve não afetou apenas a Aerolíneas Argentinas, mas também as companhias aéreas Flybondi e Jetsmart, devido à alteração nos serviços do Aeroparque, em Buenos Aires. O secretário-geral da Associação do Pessoal Aeronáutico (Apa), Juan Pablo Brey, destacou que, desde a posse de Milei em dezembro, o poder aquisitivo dos funcionários aeronautas diminuiu em 40%.

Em resposta à paralisação, a Aerolíneas Argentinas classificou a greve como “impertinente, abusiva e fora de contexto, promovida por dirigentes sindicais de forma irresponsável”. O governo argentino também se pronunciou sobre o caso, anunciando que os profissionais em greve serão multados e penalizados. Além disso, foi informado que o presidente Milei assinará um decreto declarando a aviação civil e comercial como serviço essencial, o que garantirá a continuidade de parte dos serviços mesmo durante uma greve.

Com essa situação em curso, o setor de aviação argentina enfrenta desafios significativos, impactando não apenas as empresas aéreas, mas também os passageiros e a economia do país. A greve dos sindicatos aeronautas evidencia a tensão existente entre os trabalhadores e as empresas do setor, gerando preocupações e debates sobre as condições de trabalho e as negociações salariais dentro da aviação argentina.

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