Dados divulgados pelo Corpo de Bombeiros indicam que municípios como o Rio de Janeiro, São Gonçalo e Duque de Caxias estão entre os mais afetados pelos incêndios. A proximidade das chamas com comunidades tem gerado preocupação entre os moradores, especialmente em locais como o Parque Estadual da Pedra Branca e o Morro das Andorinhas, em Niterói.
No Parque Nacional da Serra dos Órgãos, na região serrana do estado, as equipes de brigadistas têm se esforçado para conter os focos de incêndio. A maior rede de trilhas do Brasil e um dos destinos mais procurados para a prática de esportes de montanha, o parque tem sido alvo de incêndios que demandam a mobilização constante dos combatentes.
O monitoramento por satélite realizado pelo Inpe destaca a gravidade da situação, com um total de 840 focos de queimadas detectados desde o início do ano. Este número representa o maior registro de incêndios desde 2017, e especialistas apontam que o clima seco e as ações humanas têm contribuído para a propagação do fogo.
Em meio a esse cenário preocupante, o governo do Rio de Janeiro anunciou a troca no comando da Secretaria Estadual de Defesa Civil, bem como a criação de um gabinete de crise para lidar com a situação dos incêndios florestais. Investimentos e recursos para o enfrentamento das chamas têm sido tema de debate, com cortes milionários sendo lamentados por autoridades anteriores.
Além disso, a qualidade do ar no estado tem sido impactada pelos incêndios, com registros de piora nas condições em várias regiões. A população está sendo orientada a adotar medidas para proteger a saúde, como aumentar a ingestão de líquidos, evitar atividades ao ar livre e usar máscaras para reduzir a exposição às partículas presentes na atmosfera.
Diante desse cenário desafiador, as autoridades e a população do Rio de Janeiro seguem em alerta, buscando maneiras de combater os incêndios e minimizar os impactos causados pelos focos de queimadas.