Além de São Paulo, outros estados como Pará (-3,8%) e Bahia (-2,3%) também registraram uma diminuição na produção industrial. O resultado de São Paulo interrompeu um período de três meses consecutivos de taxas positivas, onde havia acumulado uma alta de 4,1%. Segundo o analista do IBGE, Bernardo Almeida, a indústria farmacêutica teve um impacto negativo significativo no resultado da produção paulista.
No acumulado do ano, São Paulo apresenta uma expansão de 4,7% e nos últimos 12 meses, um crescimento de 2,5%. Com esses números, a indústria paulista está 2,2% acima do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020), enquanto a média nacional encontra-se 1,4% acima do alcançado no mesmo período.
Em contrapartida, alguns estados apresentaram um crescimento na produção industrial, como Amazonas (6,9%), Espírito Santo (5,8%), Paraná (4,4%) e Pernambuco (4,2%). Outros locais pesquisados que tiveram uma expansão foram Região Nordeste (3,0%), Minas Gerais (2,1%), Ceará (1,9%), Mato Grosso (1,8%), Rio de Janeiro (1,4%), Santa Catarina (1,3%), Goiás (1,2%) e Rio Grande do Sul (0,8%).
O analista Bernardo Almeida aponta que o desempenho da indústria nacional não pode ser simplesmente espelhado pelos resultados regionais e destaca que a variação negativa na produção está relacionada a condições macroeconômicas desfavoráveis, como a taxa básica de juros Selic em 10,5%. Isso contribui para um cenário oscilante no comportamento da indústria nos últimos meses.
Em resumo, a indústria nacional acumula uma expansão de 3,2% até julho de 2024, com um resultado positivo de 2,2% nos últimos 12 meses. A perspectiva é de que, apesar dos desafios enfrentados, o setor industrial continue se recuperando e avançando no futuro.