Com essa conquista, espera-se que haja um aumento significativo na aquisição e distribuição da vacina, principalmente em áreas que apresentam uma maior necessidade. Yukiko Nakatani, Diretora-assistente da OMS para Acesso a Medicamentos e Produtos de Saúde, ressaltou a importância da pré-qualificação para agilizar a aquisição contínua de vacinas contra a mpox por governos e agências internacionais.
A vacina MVA-BN, também conhecida como Jynneos, Imvamune ou Imvanex, é destinada a adultos com mais de 18 anos e requer a administração de duas doses, com um intervalo de quatro semanas entre elas. Em casos de surto, a OMS recomenda o uso da vacina em grupos de risco, como bebês, gestantes e pessoas imunocomprometidas, mesmo fora das indicações originais.
A eficácia da vacina é de aproximadamente 76% quando apenas uma dose é administrada antes da exposição ao vírus, subindo para 82% com o esquema completo de duas doses. Vale ressaltar que a vacinação pós-exposição apresenta uma eficácia inferior. No Brasil, a MVA-BN recebeu autorização temporária da Anvisa, visando facilitar a importação do imunizante contra o mpox.
Essa medida se tornou essencial devido ao aumento de casos da doença, que voltou a ser uma emergência de saúde global devido à disseminação de uma nova forma do vírus. A incidência da doença no continente africano já atinge números alarmantes, com milhares de casos e centenas de óbitos. No Brasil, os casos da doença também têm aumentado, chegando a mais de mil casos registrados somente até a primeira semana de setembro.
Desta forma, a inclusão da vacina MVA-BN na lista de pré-qualificação da OMS representa uma vitória no combate à mpox e pode trazer esperança para muitas comunidades no enfrentamento dessa doença viral.