Diante desse cenário, surge a dúvida: será que o uso de máscaras pode ser eficaz para minimizar os efeitos do tempo seco? Segundo o pneumologista João Salge, as máscaras não desempenham um papel relevante contra a baixa umidade do ar. Ele explica que as máscaras são filtros de partículas projetadas para bloquear a entrada de microrganismos nas vias respiratórias, não sendo indicadas especificamente para proteção contra tempo seco.
Para combater os efeitos da baixa umidade, as medidas recomendadas pelo médico incluem a hidratação constante, a manutenção de ambientes úmidos, a lavagem nasal diária com soro fisiológico e a redução da exposição ao ambiente externo nos horários de maior poluição. Além disso, Salge ressalta a importância das máscaras como forma de proteção contra a poluição, que também pode gerar problemas respiratórios.
Em regiões onde há focos de incêndio, as máscaras são especialmente indicadas para filtrar as partículas presentes no ar. Salge destaca a importância de utilizar máscaras adequadas, como as do tipo PFF 2, para maior eficácia na proteção. Ele ressalta que as máscaras caseiras feitas de pano não oferecem a mesma proteção que as máscaras fabricadas com filtros.
Outras medidas para lidar com o tempo seco incluem o uso de um umidificador de ar, a ventilação dos ambientes, a limpeza frequente dos cômodos e a ingestão de refeições nutritivas para repor os minerais perdidos. É fundamental adotar essas práticas para minimizar os efeitos adversos do ar seco e garantir a saúde respiratória da população.