Repórter Recife – PE – Brasil

Junta militar birmanesa solicita ajuda internacional para enfrentar consequências do tufão Yagi e conflito interno

A junta militar birmanesa, liderada pelo chefe Min Aung Hlaing, está pedindo ajuda internacional para lidar com os efeitos devastadores das inundações causadas pelo tufão Yagi. O ciclone deixou um rastro de destruição em vários países asiáticos, incluindo Mianmar, China, Vietnã, Laos, Tailândia e Filipinas, com um saldo de mais de 300 mortos, sendo a maioria no Vietnã.

Em Mianmar, os estragos foram devastadores, com pelo menos 33 mortos e mais de 235 mil deslocados devido às inundações. Min Aung Hlaing destacou a necessidade de buscar auxílio externo para fornecer resgate e socorro às vítimas afetadas pelo desastre natural.

As áreas mais atingidas enfrentam sérios problemas de infraestrutura, com deslizamentos de terra e residências destruídas. Zaw Min Tun, porta-voz da junta militar, informou que a situação está sendo investigada, com relatos de trabalhadores presos em minas de ouro na região central de Mandalay.

Moradores locais estão enfrentando uma crise humanitária sem precedentes, agravada pelo conflito interno que assola o país desde o golpe militar de fevereiro de 2021 contra o governo eleito de Aung San Suu Kyi. Mais de 2,7 milhões de pessoas já foram deslocadas devido aos confrontos entre o Exército e grupos étnicos e dissidentes armados.

O pedido de ajuda internacional da junta militar birmanesa é considerado incomum, uma vez que no passado o regime bloqueou ou dificultou a assistência humanitária externa. Em 2008, no episódio do ciclone Nargis, a junta militar anterior foi criticada por não permitir o acesso de trabalhadores humanitários e provisões de emergência.

Diante desse panorama de devastação e desespero, a comunidade internacional é convocada a unir esforços para prestar auxílio às vítimas das inundações e ajudar a mitigar os impactos do tufão Yagi em Mianmar e demais países afetados. A solidariedade e a cooperação internacional se fazem necessárias para enfrentar essa crise humanitária sem precedentes.

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