Bombeiros lutam para conter incêndio no Parque Nacional de Brasília em meio à pior seca já registrada no Brasil

Os bombeiros estão enfrentando um desafio árduo neste domingo (15) para conter as chamas que consomem o Parque Nacional de Brasília, mais um foco de incêndio em meio à onda de queimadas que assola o Brasil, impulsionada pela pior seca já registrada no país.

As chamas tiveram início nessa reserva de água e fauna na capital exatamente no mesmo dia em que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, concedeu autorização para a União emitir créditos extraordinários, fora dos limites fiscais pré-estabelecidos, para combater os incêndios.

Flávio Dino ressaltou a importância de não privar o país de recursos para prestar socorro a mais da metade de seu território, suas populações e toda a biodiversidade da Amazônia e do Pantanal devido a questões contábeis. O ministro também flexibilizou as regras para a contratação de pessoal envolvido na prevenção, controle e combate às chamas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama, Janja, sobrevoaram a área devastada, demonstrando preocupação com a situação. O número de incêndios registrados somente neste mês de setembro (55.517) já ultrapassou os do mesmo período no ano passado, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

O incêndio no Parque Nacional de Brasília, maior incêndio do ano na cidade, agravou-se devido aos 145 dias sem chuva e níveis mínimos de umidade. Moradores locais tentaram combater as chamas jogando baldes de água, enquanto os bombeiros se engajaram nas operações de contenção. Até o momento, o fogo consumiu uma área de 1.200 hectares.

Com uma extensão de 30 mil hectares, o parque desempenha um papel crucial na proteção das bacias hidrográficas que abastecem a região de Brasília. Os incêndios no Brasil encontram condições ideais para se propagarem devido à seca histórica, associada às mudanças climáticas e à baixa umidade, gerando fumaça que afeta não apenas grandes cidades do país, como São Paulo e Rio de Janeiro, mas também nações vizinhas.

São necessários esforços conjuntos e medidas urgentes para conter essas queimadas e preservar o patrimônio ambiental do Brasil.

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