Em entrevista a veículos de comunicação, Marina Silva destacou que apesar da proibição do uso do fogo em todo o território nacional, ainda há pessoas cometendo esse crime. Ela ressaltou a importância da atuação dos agentes públicos já mobilizados e defendeu penas mais rígidas para os responsáveis por incêndios criminosos. Atualmente, a pena varia de um a quatro anos de prisão.
A ministra enfatizou que apenas dois estados brasileiros não estão enfrentando a seca e alertou para a gravidade da situação. Segundo ela, os incêndios intencionais exacerbam os problemas causados pelas mudanças climáticas e representam uma clara intenção criminosa. Marina informou que 17 pessoas já foram presas e 50 inquéritos estão em andamento para investigar os casos.
Marina Silva também ressaltou os prejuízos causados pelos incêndios, citando um prejuízo de R$ 2 bilhões para os agricultores em São Paulo, principalmente para os plantadores de cana-de-açúcar. Ela alertou para a extensão das áreas queimadas, indicando que 900 mil hectares de áreas de agricultura e pecuária, 1,4 milhão de hectares de pastagens e 1 milhão de hectares de áreas florestais já foram afetados.
A ministra destacou a importância do trabalho conjunto da Polícia Federal no combate aos incêndios criminosos e na identificação dos responsáveis por trás desses atos. Ela comparou a situação atual com a tentativa de golpe ocorrida em 8 de janeiro de 2023, ressaltando a gravidade dos incêndios como uma tentativa de desestabilizar o país.
Marina Silva alertou para a perda de umidade das florestas devido às mudanças climáticas, o que torna as áreas mais suscetíveis a incêndios. Ela comentou que cerca de 32% dos incêndios são provocados intencionalmente com o objetivo de degradar as florestas. A ministra enfatizou a importância de investigações e trabalho de inteligência para combater esses crimes ambientais e proteger a natureza brasileira.