Após morte de Mahsa Amini, presidente do Irã promete proteger mulheres da polícia da moralidade em coletiva de imprensa

Em uma coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira, o presidente do Irã, Masud Pezeshkian, garantiu que usará seu poder para assegurar que a polícia da moralidade não “incomode” as mulheres no país. Esta declaração ocorre no segundo aniversário da morte de Mahsa Amini, uma jovem curda iraniana de 22 anos que faleceu enquanto estava detida por uma suposta violação do rigoroso código de vestimenta islâmico.

Pezeshkian, que é um político reformista, enfatizou que a polícia da moralidade não deveria enfrentar as mulheres e prometeu acompanhar de perto para garantir que elas não sejam incomodadas. Essa postura marca um contraste com o antecessor de Pezeshkian, o ultraconservador Ebrahim Raisi, que faleceu em um acidente de helicóptero em maio.

A morte de Mahsa Amini em 16 de setembro de 2022 desencadeou uma onda de protestos no Irã, resultando em confrontos violentos e milhares de manifestantes presos. Durante a campanha eleitoral, Pezeshkian fez promessas de se opor às patrulhas policiais que monitoram o uso do véu islâmico pelas mulheres, além de flexibilizar as restrições de acesso à internet no país.

Essa mudança de postura do presidente iraniano pode representar uma abertura para reformas e uma maior liberdade para as mulheres no país. No entanto, ainda são necessárias ações concretas para garantir a proteção dos direitos humanos e a igualdade de gênero no Irã, especialmente após episódios trágicos como a morte de Mahsa Amini. A comunidade internacional e os ativistas de direitos humanos estarão atentos para observar de perto como esses compromissos se traduzirão em medidas efetivas no país do oriente médio.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo