A saída de González Urrutia da Venezuela em 7 de setembro, buscando asilo na Espanha após um período de clandestinidade, ocorreu em meio a acusações de crimes como conspiração, usurpação de funções, sabotagem e desobediência às leis. O candidato opositor alega ter vencido as eleições presidenciais de 28 de julho, contestando a reeleição de Nicolás Maduro para um terceiro mandato consecutivo de seis anos. A oposição denunciou fraudes e divulgou as atas eleitorais em um site para reforçar sua reivindicação de vitória.
A plataforma online utilizada por González Urrutia para divulgar as denúncias foi o ponto central da investigação contra o político de 75 anos, que concorreu como substituto da líder opositora María Corina Machado, impedida politicamente. Seu salvo-conduto para deixar o país foi processado pela embaixada espanhola em Caracas, mas seu advogado enfatizou que o pedido de asilo não implica em reconhecimento dos crimes dos quais é acusado.
Diante da falta de transparência do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) em divulgar os detalhes da apuração eleitoral mesa por mesa, Haro aguarda ser convocado pelo Ministério Público para encerrar o caso. No entanto, ele avalia que essa possibilidade é remota, especialmente em meio às tensões diplomáticas com a Espanha, agravadas após o reconhecimento do opositor como presidente eleito da Venezuela pelo Congresso espanhol. Mesmo assim, o advogado pretende solicitar o encerramento oficial do caso.
Portanto, a situação do candidato opositor Edmundo González Urrutia continua indefinida, com os desdobramentos da investigação e do processo legal ainda em aberto.