Presidente do Irã promete proteger mulheres contra polícia da moralidade em coletiva coincidindo com 2º aniversário da morte de Mahsa Amini.

O novo presidente do Irã, Masud Pezeshkian, fez um pronunciamento marcante nesta segunda-feira (16), durante sua primeira coletiva de imprensa desde que assumiu o cargo em julho. Pezeshkian, um político reformista, prometeu utilizar seu poder para garantir que a polícia da moralidade não incomode mais as mulheres no país.

“Não deveria haver confronto com as mulheres. Haverá um acompanhamento para garantir que elas não sejam incomodadas”, afirmou o presidente em suas declarações. Essa postura representa uma mudança significativa em relação à atuação da polícia da moralidade, que costumava impor regras rígidas sobre o vestuário feminino de acordo com os princípios do código de vestimenta islâmico.

Essa declaração de Pezeshkian vem em um momento simbólico, coincidindo com o segundo aniversário da morte de Mahsa Amini, uma jovem curda iraniana de 22 anos. Amini faleceu enquanto estava detida por supostamente violar o rigoroso código de vestimenta, o que gerou uma onda de protestos no país, resultando em confrontos violentos e prisões em massa de manifestantes.

Essa postura mais liberal do presidente também foi evidenciada durante a campanha eleitoral, na qual ele se comprometeu a se opor às patrulhas policiais que monitoram o uso do véu islâmico pelas mulheres, além de flexibilizar as restrições de acesso à internet.

Pezeshkian assumiu o cargo após a morte do ultraconservador Ebrahim Raisi em um acidente de helicóptero em maio. Sua postura mais progressista e comprometida com os direitos das mulheres representa uma mudança significativa no cenário político do Irã e traz esperanças de uma maior liberdade e igualdade para as mulheres no país.

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