Ao todo, foram lavrados 420 autos de infração ambiental, relacionados a ocorrências que impactaram uma área de 107 mil hectares. Além disso, a secretaria de comunicação estadual confirmou que 23 pessoas foram detidas sob suspeita de envolvimento em ações de início intencional de fogo. A primeira prisão ocorreu em 21 de agosto, porém a polícia descarta, até o momento, qualquer correlação entre os envolvidos, ao contrário do apontado pela Polícia Federal em investigações sobre os incêndios em outras regiões do país.
Durante um evento realizado em São Carlos, no interior de São Paulo, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, informou que o prejuízo para os agricultores do estado já ultrapassava os R$2 bilhões, principalmente para os agricultores de cana-de-açúcar. A área afetada já somava 900 mil hectares de agricultura e pecuária queimadas, 1,4 milhão de hectares de pastagens e 1 milhão de hectares de áreas florestais.
Apesar de uma diminuição nos focos ativos, o alerta para queimadas no estado permanece, com previsão de aumento das áreas em situação de emergência. Prevê-se também que a área de risco mais elevado aumente a partir do sábado seguinte, com a chegada de uma frente fria. A cidade de São Paulo, que registrou temperaturas de até 35°C na semana passada, teve uma queda brusca para 14,3°C na noite anterior. Para a madrugada, a previsão é de uma mínima média de 13°C, com pouca chuva, indicando um mês de setembro mais seco que a média histórica na região.
Este cenário reforça a importância de ações preventivas e de combate a incêndios, visando preservar o meio ambiente e proteger as áreas naturais do estado de São Paulo.
