A operação para a retirada de não indígenas da TI Karipuna teve início em junho e contou com a participação de equipes de mais de 20 órgãos federais, resultando em um total de 152 ações planejadas de acordo com a Casa Civil da Presidência da República.
Desde o início do ano, os líderes Karipuna já suspeitavam da presença de invasores em busca de minérios valiosos, relatando a construção de casas por pessoas não indígenas em solo da Terra Indígena, algo inédito na região.
Um dos desafios enfrentados para combater os crimes em territórios indígenas é a multiplicidade de acessos clandestinos, sendo que quatro entradas foram destruídas durante o processo de desintrusão na TI Karipuna. O governo federal havia prometido manter efetivos da Força Nacional e da Funai no território para garantir a proteção dos indígenas.
Além disso, os dados divulgados pelo governo indicam uma redução no desmatamento no território em comparação com anos anteriores. No entanto, a região enfrenta uma crise com focos de incêndios, especialmente nas TIs Aripuanã e Roosevelt, com a mobilização de cerca de 300 profissionais de diversos órgãos para combater as chamas.
A situação ambiental na região é agravada pela seca, com o Rio Madeira apresentando níveis alarmantes, além das mudanças no regime de chuvas que têm impactado a comunidade Karipuna. A liderança local clamou por mais investimentos do governo de Rondônia e destacou a falta de apoio para proteger a TI Karipuna durante os incêndios.
Diante dos desafios enfrentados pelos indígenas e da gravidade da situação ambiental na região, é fundamental que medidas efetivas sejam tomadas para preservar a Terra Indígena Karipuna e garantir a segurança e o bem-estar das comunidades locais. A proteção do meio ambiente e a manutenção dos direitos indígenas devem ser prioridades para as autoridades responsáveis.