Mercado financeiro aguarda decisões sobre juros nos EUA e Brasil, dólar cai abaixo de R$ 5,50 e bolsa fecha em leve queda

Nesta terça-feira (17), o mercado financeiro brasileiro teve um dia de indecisões em meio à espera das decisões sobre os juros tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. O dólar comercial registrou sua quinta queda consecutiva e encerrou o dia sendo negociado abaixo de R$ 5,50, atingindo o menor valor em três semanas.

A moeda norte-americana fechou o dia vendida a R$ 5,488, com uma desvalorização de R$ 0,022 (-0,39%). Apesar de ter iniciado o dia com estabilidade, o dólar consolidou a tendência de queda ao longo da tarde e finalizou abaixo de R$ 5,49 no último momento de negociações. Este é o menor valor desde 23 de agosto, quando encerrou em R$ 5,47. Nas últimas cinco sessões, o dólar acumula uma queda de 2,95%, enquanto no acumulado do ano a divisa teve uma alta de 13,1%.

Por outro lado, no mercado de ações, o índice Ibovespa da B3 fechou o dia em leve queda de 0,12%, atingindo os 135.960 pontos. Após uma queda de 0,69% na primeira meia hora de negociações, o indicador conseguiu se recuperar durante a tarde, porém não o suficiente para reverter o cenário de declínio.

As expectativas em torno das decisões sobre os juros no Brasil e nos Estados Unidos foram o principal fator de influência para os investidores. Na próxima quarta-feira (18), o Federal Reserve (Fed) dos EUA e o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central brasileiro anunciarão suas definições sobre os juros básicos.

Nos Estados Unidos, há expectativas de que o Fed reduza os juros pela primeira vez desde 2020, sendo a dúvida se a redução será de 0,25 ou 0,5 ponto percentual. Já no Brasil, o Copom sinaliza a possibilidade de realizar o movimento oposto e elevar os juros pela primeira vez em dois anos. A expectativa é de um aumento de 0,25 ponto percentual na Taxa Selic nesta reunião.

A perspectiva de alta dos juros no Brasil tem impacto direto sobre a valorização do dólar, mas também estimula a queda na bolsa de valores, uma vez que os investidores tendem a migrar de ações para investimentos de renda fixa, que oferecem retorno atrativo com menor risco.

Em resumo, o mercado financeiro brasileiro segue atento às decisões sobre os juros e aguarda com expectativa as definições do Fed e do Copom, que podem influenciar diretamente as movimentações econômicas nos próximos dias.

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