O debate sobre o impeachment de Macron é considerado um evento sem precedentes na história da Quinta República francesa, segundo a líder parlamentar da LFI, Mathilde Panot. Entretanto, a probabilidade de Macron ser destituído é baixa, uma vez que requer a maioria de dois terços, o que ainda não está claro se será alcançado.
A proposta de impeachment recebeu apoio da maioria dos membros da NFP na mesa da Assembleia Nacional. A validação dessa primeira etapa foi confirmada por 12 votos a favor e 10 contra. Além disso, a aliança entre o partido de direita União de Direitas, liderado por Éric Ciotti, e a líder de extrema direita Marine Le Pen, reforça a pressão sobre Macron.
As eleições antecipadas na França resultaram na divisão da Assembleia em três blocos principais: esquerda, centro-direita de Macron e extrema direita. Apesar da vitória da NFP, Macron nomeou Michel Barnier, membro dos Republicanos, como primeiro-ministro. Esta nomeação gerou conflitos e críticas, como a declaração de uma guerra institucional por parte do líder parlamentar do partido de Macron, Gabriel Attal.
A proposta de impeachment contra Macron deve passar pela Comissão de Leis, antes de ser levada ao plenário da Assembleia. Os desdobramentos desse processo serão acompanhados de perto e podem mudar o cenário político na França.