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Mesa Diretora da Assembleia Nacional da França aceita debater proposta de destituição de Macron por recusar candidata mais votada para primeira-ministra

A mesa diretora da Assembleia Nacional da França aprovou nesta terça-feira (17) a proposta de impeachment do presidente Emmanuel Macron por sua recusa em nomear a economista Lucia Castets, indicada pela Nova Frente Popular (NFP) como primeira-ministra, uma vez que foi a mais votada nas eleições legislativas recentes. Esta decisão foi tomada devido à violação do dever de respeitar a vontade expressa pelo sufrágio universal, conforme alegou a NFP.

O debate sobre o impeachment de Macron é considerado um evento sem precedentes na história da Quinta República francesa, segundo a líder parlamentar da LFI, Mathilde Panot. Entretanto, a probabilidade de Macron ser destituído é baixa, uma vez que requer a maioria de dois terços, o que ainda não está claro se será alcançado.

A proposta de impeachment recebeu apoio da maioria dos membros da NFP na mesa da Assembleia Nacional. A validação dessa primeira etapa foi confirmada por 12 votos a favor e 10 contra. Além disso, a aliança entre o partido de direita União de Direitas, liderado por Éric Ciotti, e a líder de extrema direita Marine Le Pen, reforça a pressão sobre Macron.

As eleições antecipadas na França resultaram na divisão da Assembleia em três blocos principais: esquerda, centro-direita de Macron e extrema direita. Apesar da vitória da NFP, Macron nomeou Michel Barnier, membro dos Republicanos, como primeiro-ministro. Esta nomeação gerou conflitos e críticas, como a declaração de uma guerra institucional por parte do líder parlamentar do partido de Macron, Gabriel Attal.

A proposta de impeachment contra Macron deve passar pela Comissão de Leis, antes de ser levada ao plenário da Assembleia. Os desdobramentos desse processo serão acompanhados de perto e podem mudar o cenário político na França.

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