A teoria mais aceita pelos analistas é a de que explosivos foram inseridos nos pagers, que foram ativados remotamente, causando as explosões em série. Segundo informações obtidas pelo Wall Street Journal, os dispositivos foram recebidos em um mesmo carregamento nos últimos meses e apresentaram sinais de superaquecimento antes das explosões.
Canais árabes divulgaram que o Mossad, agência de inteligência de Israel, teria inserido explosivos nos pagers antes de serem entregues ao Hezbollah. Essa versão sugere que a agência conseguiu acesso aos dispositivos de comunicação do grupo e inseriu explosivos nos compartimentos de bateria dos aparelhos.
Um ex-especialista em munições do Exército britânico afirmou à BBC que os pagers continham entre 10 e 20 gramas de explosivo de nível militar que foram ativados remotamente. Esta ação, segundo especialistas, exigiu um planejamento meticuloso e meses de preparação.
Outra hipótese levantada é a de que os dispositivos tenham sido infectados por malware, um código malicioso que pode ter causado o superaquecimento das baterias, resultando nas explosões. Especialistas concordam que o ataque foi extremamente sofisticado e pode ter sido resultado de uma infiltração na linha de produção dos pagers.
Além disso, há especulações sobre a possibilidade de Israel ter utilizado sua influência nas indústrias eletrônicas para fabricar e distribuir os dispositivos explosivos para o Hezbollah. A complexidade e o sucesso do ataque levantam questões sobre a segurança e a cadeia de abastecimento do grupo libanês.