A presidenta do PT, deputada federal Gleisi Hoffman, utilizou a rede social Bluesky para expressar sua insatisfação com a decisão do Copom, classificando-a como injustificada. Segundo ela, o aumento da Selic para 10,75% ao ano representa um impacto negativo na economia, resultando em um custo adicional de R$ 15 bilhões para a dívida pública, prejudicando áreas como educação, saúde e meio ambiente.
Organizações como a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) também se posicionaram criticamente em relação à medida adotada pelo Copom. A CNI considerou a elevação dos juros como excessiva para controlar a inflação, destacando que a ação irá impor restrições adicionais à atividade econômica, impactando negativamente emprego e renda.
Por sua vez, a Firjan classificou a decisão como precipitada, ressaltando que a conjuntura atual não demonstra de forma clara um risco inflacionário que justifique a elevação dos juros. O setor industrial, segundo a Federação, tem sido prejudicado pelo elevado patamar de juros, o que tem impactado negativamente a capacidade de investimento no país.
As críticas à decisão do Copom também partiram de centrais sindicais, como a CUT e a Força Sindical. Para essas entidades, o aumento dos juros básicos prejudica a economia e a população, representando um “prêmio aos especuladores”. O impacto da elevação da Selic nos gastos do governo com juros dos títulos públicos foi destacado, evidenciando um cenário desafiador para o desenvolvimento econômico do país.
Diante das avaliações divergentes em relação à decisão do Copom, o debate sobre a política monetária e seus efeitos na economia continua em pauta, com diferentes setores expressando preocupações e questionamentos sobre o rumo adotado pelo Banco Central.