Repórter Recife – PE – Brasil

Criador do aplicativo Ghost, usado por criminosos, é preso na Austrália em operação policial internacional.

Um especialista em informática de 32 anos foi detido na Austrália em uma operação policial internacional que desmascarou sua participação como o cérebro por trás de um aplicativo de mensagens criptografadas usado pelo crime organizado. A Polícia Federal Australiana revelou que o aplicativo, conhecido como Ghost (Fantasma em inglês), era propagandeado como “inescrutável” e era amplamente utilizado por centenas de criminosos em regiões como Itália, Oriente Médio e Ásia.

Após dois anos de investigação, o Ghost foi finalmente desmantelado, a Europol declarou. Em uma incursão à rede em 2022, autoridades descobriram que os usuários realizavam transações relacionadas ao tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e até mesmo encomendas de assassinatos.

A prisão do suposto criminoso na Austrália, juntamente com outras detenções em países como Itália, Irlanda, Suécia e Canadá, aconteceu após a ação conjunta de forças de segurança de nove nações distintas. A diretora-executiva da Europol, Catherine de Bolle, enfatizou a importância da colaboração internacional para desbaratar redes criminosas e afirmou o comprometimento das agências de segurança em combater o crime em todas as suas formas.

O aplicativo Ghost, criado há nove anos, era acessível somente por meio de smartphones modificados, vendidos por uma subscrição de 2.350 dólares australianos, que incluía seis meses de acesso à plataforma e suporte técnico. Apesar de o criador do aplicativo viver com seus pais em Nova Gales do Sul e não ter histórico criminal, ele foi detido e acusado de crimes como apoio a organização criminosa, passível de até três anos de prisão.

Ao todo, 51 suspeitos foram presos em diferentes países, incluindo membros do grupo mafioso Sacra Corona Unita na Itália. No país oceânico, foram frustradas 50 tentativas de homicídio, demonstrando o impacto da operação para evitar a violência e o crime organizado. Parte da metodologia da Europol nesse caso foi o rastreamento da localização do criador do Ghost até a Austrália, possibilitando sua prisão e o fim do uso do aplicativo para atividades criminosas.

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