Decisões sobre juros nos EUA e Brasil geram impactos opostos no mercado financeiro: dólar cai enquanto a bolsa recua

O mercado financeiro teve um dia bastante movimentado, refletindo a queda inesperada de 0,5 ponto nos juros norte-americanos e na expectativa em relação à decisão sobre a taxa básica no Brasil. O dólar apresentou sua sexta queda consecutiva, atingindo o menor valor em um mês, fechando a R$ 5,463. Por outro lado, a bolsa de valores teve seu segundo recuo seguido, chegando ao patamar mais baixo em 35 dias, com o índice Ibovespa encerrando aos 133.748 pontos e uma queda de 0,9%.

O Federal Reserve (Fed), Banco Central norte-americano, surpreendeu o mercado ao cortar os juros básicos dos Estados Unidos em 0,5 ponto percentual. Essa decisão impactou significativamente o comportamento do dólar e da bolsa de valores. O dólar, que acumula queda de 3,4% desde o último dia 10, apresenta uma alta de 12,57% no ano de 2024, mas está no menor valor desde 19 de agosto.

No cenário nacional, a atenção também estava voltada para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central brasileiro, que deve promover a primeira alta de juros em dois anos. A expectativa era de um aumento de 0,25 ponto percentual na taxa Selic, segundo o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central.

A expectativa de alta nos juros brasileiros diminui a pressão sobre o dólar, mas pode impactar negativamente a bolsa de valores, uma vez que os investidores tendem a migrar de investimentos arriscados, como ações, para a renda fixa, que passa a oferecer taxas mais atrativas com menos risco. Diante desse cenário de expectativas em relação aos juros internacional e nacional, o mercado segue atento e em constante movimento.

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