Repórter Recife – PE – Brasil

Descoberta inédita: Microplásticos são detectados nos cérebros de brasileiros residentes em São Paulo por mais de cinco anos.

Cientistas liderados por um pesquisador brasileiro da Universität Berlin, na Alemanha, fizeram uma descoberta preocupante: microplásticos foram encontrados nos cérebros de brasileiros. O estudo revelou a presença de 16 partículas e fibras de polímeros sintéticos nos bulbos olfativos de 15 adultos que viveram em São Paulo por mais de cinco anos.

Luís Fernando Amato Lourenço, o cientista responsável pelo estudo, afirmou que a maioria dos microplásticos encontrados eram fragmentos de materiais comuns em roupas e embalagens, como polipropileno e nylon. A presença desses microplásticos no cérebro humano pode ter sérias consequências para a saúde, como o aumento do risco de infarto do miocárdio, AVC e até mesmo morte.

Uma das descobertas mais surpreendentes do estudo é que, embora microplásticos já tenham sido detectados em outros órgãos do corpo humano, como pulmões, intestinos e sangue, essa é a primeira vez que essas partículas são identificadas no cérebro. Essa é uma evidência preocupante do impacto negativo que os microplásticos podem ter em nossa saúde.

O bulbo olfativo, onde os microplásticos foram encontrados, está localizado na frente do cérebro humano. Esta descoberta sugere que a via olfativa pode ser uma porta de entrada para essas partículas no cérebro. Apesar de existir uma barreira que impede a maioria dos microplásticos de alcançar o cérebro, essas partículas podem se degradar em nanoplásticos, que são ainda menores e podem representar um risco maior para a saúde.

Para realizar o estudo, os pesquisadores examinaram tecidos dos bulbos olfativos de indivíduos falecidos durante autópsias de rotina. Eles adotaram abordagens rigorosamente livres de plástico em todos os procedimentos, garantindo a confiabilidade dos resultados obtidos.

Essa descoberta tem importantes implicações para a saúde pública e ressalta a necessidade de se combater a poluição por plásticos. Mais estudos são necessários para compreender melhor os efeitos dos microplásticos no corpo humano e desenvolver medidas para proteger nossa saúde.

Sair da versão mobile