O ex-opositor reconheceu que sempre esteve e continuará disposto a reconhecer as decisões tomadas pelos órgãos de justiça, mesmo que não concorde com elas. Ele se referiu à sentença da Sala Eleitoral do Tribunal Supremo de Justiça, que validou a reeleição de Maduro. No entanto, deixou claro que o documento assinado sob coação é nulo devido ao vício grave de consentimento.
González Urrutia denunciou uma fraude nas eleições e reivindicou a sua vitória, mesmo diante das pressões do regime chavista. Ele ressaltou que preferiu assinar o documento para garantir a sua liberdade e continuar lutando pela democracia na Venezuela. Após um mês na clandestinidade, o ex-opositor pediu asilo na Espanha, onde chegou em setembro.
Por outro lado, o presidente do Parlamento e dirigente chavista, Jorge Rodríguez, divulgou fotografias e vídeos da assinatura do documento de González Urrutia. Ele afirmou que não houve coação na assinatura e deu um prazo para o ex-opositor se retratar. Rodríguez também anunciou que o Parlamento venezuelano pedirá a Maduro o rompimento das relações diplomáticas com a Espanha.
Apesar das polêmicas, González Urrutia comprometeu-se a ter uma atividade pública limitada no exílio e a manter a prudência, moderação e respeito em sua atuação. Enquanto isso, o Senado espanhol pressiona o governo de Pedro Sánchez para reconhecê-lo como o vencedor das eleições. A situação política na Venezuela continua turbulenta, com acusações de fraudes e pressões sobre os opositores.