Repórter Recife – PE – Brasil

Edmundo González Urrutia denuncia coação e assina documento para acatar reeleição de Maduro antes de partir para o exílio

O ex-opositor de Nicolás Maduro, Edmundo González Urrutia, levantou uma polêmica ao afirmar que assinou um documento sob “coação” para acatar uma decisão judicial que validava a reeleição do presidente venezuelano. Esse episódio permitiu a sua saída para o exílio na Espanha. Em uma mensagem publicada nas redes sociais, González Urrutia fez questão de esclarecer sua posição diante desse fato.

O ex-opositor reconheceu que sempre esteve e continuará disposto a reconhecer as decisões tomadas pelos órgãos de justiça, mesmo que não concorde com elas. Ele se referiu à sentença da Sala Eleitoral do Tribunal Supremo de Justiça, que validou a reeleição de Maduro. No entanto, deixou claro que o documento assinado sob coação é nulo devido ao vício grave de consentimento.

González Urrutia denunciou uma fraude nas eleições e reivindicou a sua vitória, mesmo diante das pressões do regime chavista. Ele ressaltou que preferiu assinar o documento para garantir a sua liberdade e continuar lutando pela democracia na Venezuela. Após um mês na clandestinidade, o ex-opositor pediu asilo na Espanha, onde chegou em setembro.

Por outro lado, o presidente do Parlamento e dirigente chavista, Jorge Rodríguez, divulgou fotografias e vídeos da assinatura do documento de González Urrutia. Ele afirmou que não houve coação na assinatura e deu um prazo para o ex-opositor se retratar. Rodríguez também anunciou que o Parlamento venezuelano pedirá a Maduro o rompimento das relações diplomáticas com a Espanha.

Apesar das polêmicas, González Urrutia comprometeu-se a ter uma atividade pública limitada no exílio e a manter a prudência, moderação e respeito em sua atuação. Enquanto isso, o Senado espanhol pressiona o governo de Pedro Sánchez para reconhecê-lo como o vencedor das eleições. A situação política na Venezuela continua turbulenta, com acusações de fraudes e pressões sobre os opositores.

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