Empresa do submersível Titan enfrentou problemas com equipamentos antes de tragédia que matou cinco pessoas em expedição no fundo do oceano.

No ano passado, a tragédia do submersível Titan chocou o mundo ao implodir no oceano e marcar cinco vidas a bordo. A empresa responsável pela operação do Titan enfrentou uma série de problemas com equipamentos nos anos que antecederam o acidente. Durante uma audiência da Guarda Costeira na segunda-feira, foi revelado que a companhia demitiu um diretor de engenharia que se recusou a aprovar uma expedição em águas profundas. Além disso, o Titan havia enfrentado dezenas de falhas de equipamento em viagens anteriores, sendo 70 em 2021 e 48 em 2022.

O submersível estava armazenado em condições extremamente adversas antes do acidente, sem proteção contra os elementos durante o inverno anterior. Menos de quatro semanas antes da missão fatal, o Titan foi testado e encontrado parcialmente afundado depois de uma noite de mares agitados e neblina. Esses incidentes foram discutidos durante uma audiência da Junta de Investigação Marinha da Guarda Costeira dos EUA, que teve início na segunda-feira.

Durante a audiência, o ex-diretor de engenharia da OceanGate, empresa que operava o submersível, mostrou-se visivelmente abalado com os detalhes dos problemas que assolaram o Titan nos meses e anos anteriores à tragédia. Segundo depoimentos, as últimas palavras ouvidas da tripulação foram “tudo bem aqui”, antes da implosão do submersível. Imagens divulgadas mostram o estado assustador do cone de cauda do Titan no fundo do oceano.

Familiares de uma das vítimas moveram uma ação contra a OceanGate, solicitando uma indenização milionária. A empresa, por sua vez, teve seu CEO substituído e suspendeu todas as operações comerciais e de exploração. Os corpos dos tripulantes, segundo especialistas, provavelmente sofreram uma morte instantânea e indolor devido à pressão extrema nas profundezas do oceano.

Após um ano da tragédia, ainda há muitas perguntas sem resposta sobre o que realmente aconteceu durante a missão do Titan para visitar os destroços do Titanic. A OceanGate permanece sob investigação da Guarda Costeira dos EUA, sem ser responsabilizada judicialmente até o momento.

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