Governo da Colômbia suspende negociações de paz com o ELN após ataque deixar dois soldados mortos e 29 feridos.

O governo da Colômbia surpreendeu a todos nesta quarta-feira (18) ao anunciar a suspensão das negociações de paz com a guerrilha do ELN. Essa decisão veio um dia após um ataque a uma base militar resultar na morte de dois soldados e deixar outros 29 feridos no nordeste do país.

A delegação do governo na mesa de negociações confirmou a suspensão do processo de diálogos de paz, ressaltando que as conversas só serão retomadas mediante uma clara manifestação da vontade de paz por parte do grupo rebelde.

O ataque em questão ocorreu quando um caminhão carregado de explosivos artesanais foi detonado em frente a um batalhão do Exército no departamento de Arauca, localizado no nordeste da Colômbia.

O presidente do país, Gustavo Petro, expressou em suas redes sociais que o atentado representa uma ação que encerra com sangue um processo de paz que vinha sendo trabalhado.

O ministro da Defesa, Iván Velásquez, já havia informado anteriormente sobre a retomada da ofensiva militar contra o ELN, após o término de um cessar-fogo vigente desde 2023. A decisão da guerrilha de não retomar a trégua no início de agosto gerou turbulências nas negociações de paz com o governo do presidente Gustavo Petro.

O ELN apontou violações por parte do governo em relação aos acordos assinados durante as rodadas de negociação que aconteceram desde o final de 2022 em diferentes países, como Cuba, Venezuela e México.

Gustavo Petro buscava encerrar o conflito armado de seis décadas por meio do diálogo com as guerrilhas e alguns grupos criminosos ligados ao narcotráfico. O presidente visitou os militares feridos em Bogotá no mesmo dia do anúncio da suspensão das negociações de paz.

Com cerca de 5.800 membros, o ELN está ativo desde 1964 e representa uma das maiores guerrilhas do país. A situação na Colômbia segue delicada e incerta diante desse cenário de violência e ruptura das negociações de paz.

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