Imunização contra o rotavírus é crucial para prevenir complicações em crianças, alerta especialista em imunizações.

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde destaca a importância da vacina contra o rotavírus, que deve ser administrada em duas doses, aos 2 e aos 4 meses de vida, como parte do esquema de imunização infantil. A enfermidade atinge todas as crianças, sendo que a imunização é fundamental para prevenir complicações graves. Estima-se que 40% das hospitalizações por diarreia em menores de 5 anos sejam causadas por essa infecção, com os prematuros e recém-nascidos sendo os mais vulneráveis.

Durante a 26ª Jornada Nacional de Imunizações, realizada em Recife, o secretário do Departamento de Imunizações da Sociedade de Pediatria de São Paulo, Daniel Jarovsky, enfatizou que o rotavírus continua sendo a principal causa de mortalidade em regiões da África e Ásia, sobretudo em países que não adotam a vacinação em massa. Ele ressaltou o impacto significativo da imunização na saúde pública, evidenciado por estudos recentes.

Jarovsky alertou para o aumento do risco de complicações e hospitalizações pela doença em bebês com até 42 dias de vida, que ainda não estão protegidos pela vacinação. Ele destacou a importância de controlar a disseminação do vírus, especialmente em neonatos prematuros que se encontram em unidades de terapia intensiva, onde houve registros de surtos da doença em São Paulo.

O dilema em relação à imunização contra o rotavírus em UTIs neonatais se deve ao fato de que a vacina utiliza uma forma atenuada do vírus vivo, levando a divergências entre os profissionais de saúde. No entanto, é fundamental encontrar formas seguras de proteger os prematuros e demais crianças não vacinadas, que estão mais suscetíveis às complicações causadas pelo rotavírus.

A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) tem promovido a conscientização sobre a importância da vacinação contra o rotavírus, visando proteger a saúde das crianças e reduzir as taxas de hospitalizações e mortes causadas por essa infecção viral altamente contagiosa. A atuação conjunta entre o Ministério da Saúde, sociedades médicas e profissionais de saúde é essencial para garantir a eficácia do programa de imunização e fortalecer a saúde pública no país.

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