Ministério da Saúde terá 9 milhões de doses de vacina contra dengue e estuda ampliar para mais municípios, afirma ministra Nísia Trindade.

O Ministério da Saúde anunciou que terá à disposição 9 milhões de doses de vacina contra a dengue para atender a públicos específicos. A ministra Nísia Trindade revelou durante o lançamento da campanha de imunização no Palácio do Planalto que está em estudo a possibilidade de revisar os critérios de vacinação, com o intuito de ampliar o número de municípios contemplados com as doses.

Em entrevista coletiva, a ministra ressaltou a importância de estender a imunização para mais localidades, considerando que a faixa etária recomendada pela Organização Mundial da Saúde é a mais adequada para a aplicação da vacina contra a dengue. A decisão sobre eventuais mudanças nos critérios de imunização serão embasadas nos dados do InfoDengue e em diálogos com estados e municípios.

Atualmente, a campanha de vacinação na rede pública está voltada para jovens de 10 a 14 anos, em 1.920 municípios selecionados com base em critérios como alta prevalência e disseminação do vírus da dengue. A vacina foi aprovada para uso em todas as pessoas de 4 a 60 anos, mas a Anvisa não autorizou a sua aplicação em grupos acima dos 60 anos.

O Ministério da Saúde destacou que a faixa etária de 10 a 14 anos foi escolhida por ser a menos exposta aos casos de dengue e apresentar maior propensão à hospitalização. O órgão ainda informou que divulgará em breve o cronograma de vacinação para 2024-2025. Vale ressaltar que a vacinação não será a principal estratégia de combate à dengue, pois o plano de ação do Ministério prevê outras medidas, como prevenção, vigilância, controle de focos do mosquito, organização da rede de assistência à saúde e comunicação comunitária.

Durante o evento no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou sua expectativa de que, com a ajuda de Deus, este verão registre menor incidência de casos de dengue na história do país. Ele reforçou a importância da preparação da sociedade para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti e elogiou o trabalho dos agentes de saúde na vigilância dos focos do vetor.

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