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Procurador-geral da Venezuela pede mandado de prisão contra presidente da Argentina por apreensão de avião de carga em Buenos Aires

O procurador-geral da Venezuela, Tarek Saab, tomou uma decisão que está gerando repercussão internacional. Em uma coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (18), Saab anunciou que irá pedir à Justiça venezuelana um mandado de prisão contra o presidente da Argentina, Javier Milei, em relação a um caso envolvendo um avião de carga apreendido em Buenos Aires. Além disso, o procurador informou que abrirá uma investigação contra a Argentina por suposta violação dos direitos humanos.

Essa ação acontece logo após uma ONG e promotores federais argentinos solicitarem à Justiça local a prisão do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, por crimes contra a humanidade. Saab, por sua vez, nomeou dois promotores especializados para conduzir as investigações contra Milei, sua secretária-geral e a ministra da Segurança argentina.

As autoridades argentinas estão sendo acusadas de diversos crimes, como roubo agravado, lavagem de dinheiro, privação ilícita de liberdade, simulação de ato punível, entre outros. O caso do avião de carga, retido desde junho de 2022 por ordem judicial, envolve a venda da aeronave à Venezuela pela companhia aérea iraniana Mahan Air, que sofre sanções internacionais.

Além disso, o procurador venezuelano também anunciou a abertura de uma investigação por supostos crimes contra a humanidade no controle de protestos contra o governo direitista, os quais ele classificou como “genocídio”. Um procurador especializado em direitos humanos foi designado para conduzir essas investigações contra Milei e a ministra argentina.

Vale ressaltar que Venezuela e Argentina não possuem relações diplomáticas e que Maduro e Milei têm protagonizado trocas de críticas e insultos nos últimos tempos. Essa situação delicada entre os dois países está gerando tensões e preocupação na comunidade internacional. A veracidade e os desdobramentos dessas acusações e investigações ainda estão por ser confirmados pelas instâncias judiciais competentes.

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