Saab, em uma coletiva de imprensa, declarou que abrirá uma investigação sobre supostas violações dos direitos humanos cometidas pelas forças de segurança argentinas durante protesto no país. Ele afirmou que dois promotores especializados já estão realizando os procedimentos pertinentes no caso e estão processando o mandado de prisão contra os cidadãos mencionados.
O presidente venezuelano Nicolás Maduro também foi alvo de um pedido de prisão por parte de uma ONG e promotores federais argentinos, como parte de um caso de crimes contra a humanidade. A relação entre Venezuela e Argentina tornou-se ainda mais tensa com essa situação, que envolve o confisco de um avião de carga retido em Buenos Aires desde junho de 2022. A aeronave foi vendida à Venezuela pela companhia aérea iraniana Mahan Air, sancionada pelos EUA.
A situação ganhou contornos políticos e diplomáticos complexos, com acusações de roubo, lavagem de dinheiro, privação ilegal de liberdade, entre outros crimes. A Venezuela e a Argentina, que já não tinham relações estreitas, agora se veem envolvidas em uma crise que afeta diretamente suas lideranças políticas.
Para complicar ainda mais a situação, a Venezuela abriu uma investigação no Tribunal Penal Internacional por crimes contra a humanidade durante manifestações da oposição em 2017. Maduro rejeita o processo, mas a pressão internacional sobre a Venezuela e a Argentina só aumenta com os últimos acontecimentos.
Diante desse cenário delicado, resta aguardar os desdobramentos dessa crise, que coloca em cheque não apenas as relações entre Venezuela e Argentina, mas também a estabilidade política e diplomática na região. A prisão de líderes políticos de dois países vizinhos é um acontecimento sem precedentes e certamente terá repercussões significativas nos próximos dias.
