A coordenadora de Imunização da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Flávia Cardoso, destacou que o Brasil perdeu o status de país livre do sarampo em 2019, após registrar a circulação do vírus por mais de 12 meses. Ela ressaltou que, em 2022, o Brasil estava endêmico para o sarampo e, em 2023, passou para o status de país pendente de reverificação.
A Comissão Regional de Monitoramento e Reverificação do Sarampo, da Rubéola e da Síndrome da Rubéola Congênita nas Américas visitou o Brasil em maio deste ano e fez recomendações importantes, como a ampliação da sensibilidade na definição de casos suspeitos de sarampo. Além disso, a comissão pediu a padronização de um fluxograma de resposta rápida a casos suspeitos, com base em situações recentes de importação do vírus.
A cobertura vacinal foi destacada como um ponto positivo, mas a comissão alertou que em alguns estados, como Rio de Janeiro, Amapá, Pará e Roraima, a situação é muito preocupante. Por isso, recomendações foram feitas para fortalecer a vigilância e a resposta rápida a novos casos suspeitos.
Por fim, a comissão sugeriu a vacinação de atletas brasileiros e ações integradas de busca ativa de casos de sarampo e rubéola para fortalecer a vigilância em nível municipal. Com um cenário tão preocupante, é fundamental que as autoridades e a população se mobilizem para conter o avanço da doença e garantir a saúde de todos.