No acumulado do ano, a arrecadação federal já ultrapassa a marca de R$ 1,7 trilhão, com um aumento de 9,47% acima da inflação em relação aos oito primeiros meses do ano passado. Esse desempenho recorde é atribuído a diversos fatores, como o crescimento real de 19,31% no Imposto de Renda Retido na Fonte sobre o Capital (IRRF-Capital), o crescimento de 19,34% nas receitas do PIS/Cofins e de 17,99% no Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF).
Além disso, a alta na arrecadação de impostos também reflete o comportamento positivo das variáveis macroeconômicas, indicando um crescimento da economia brasileira. O Produto Interno Bruto (PIB) teve um aumento de 1,4% no segundo trimestre, superando as expectativas e levando o governo a elevar a previsão de crescimento para 3,2% em 2024.
Apesar do cenário favorável, o governo enfrenta desafios para cumprir a meta fiscal estabelecida para o ano de 2024. A Lei de Diretrizes Orçamentárias determinou que o governo deverá registrar um déficit primário zero, o que exige um esforço adicional de R$ 168 bilhões em receitas. A equipe econômica está atenta a fontes de recursos que ainda não se concretizaram, como os votos de desempate do governo nos julgamentos do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).
Nesta sexta-feira (20), será divulgada uma nova estimativa de receitas para o Carf, o que irá influenciar a execução do Orçamento e as projeções para o restante do ano. Apesar dos desafios, o cenário econômico mostra-se promissor e reflete positivamente na arrecadação federal, impulsionando a economia do país.
