Ataques a walkie-talkies do Hezbollah no Líbano são considerados crimes de guerra pelo ministro da Saúde.

O ministro da Saúde do Líbano, Firass Abiad, denunciou os recentes ataques que vitimaram milhares de pessoas como um crime de guerra. As explosões que ocorreram nos últimos dias e que resultaram na morte de 37 pessoas, incluindo crianças, e deixaram mais de 3 mil feridos foram atribuídas a Israel, embora o país não tenha assumido a responsabilidade pelos eventos.

Os ataques visaram pagers e walkie-talkies usados pelo grupo xiita Hezbollah, causando um grande impacto não apenas nos membros da organização, mas também em civis inocentes e familiares dos atingidos. O ministro da Saúde ressaltou a gravidade dessas ações, que ocorreram em locais civis, afetando pessoas que não estavam envolvidas em confrontos.

O ministro Abiad solicitou uma reunião de emergência no Conselho de Segurança da ONU para discutir os ataques, ressaltando a importância de se debater a utilização de tecnologia como arma. Ele alertou para as possíveis consequências desastrosas desse tipo de ataque, não apenas para o Líbano, mas para todo o mundo.

Os hospitais do país enfrentaram um colapso imediato devido ao grande número de feridos, que chegaram em poucos minutos após os ataques. Cirurgiões tiveram que realizar operações quase ininterruptamente para atender a demanda, que incluía desde ferimentos leves até amputações.

A falta de especialistas e a complexidade dos casos tornaram o atendimento ainda mais desafiador, com muitos pacientes enfrentando o risco de sequelas permanentes. O sistema de saúde do Líbano foi sobrecarregado e os hospitais precisaram improvisar e adaptar-se rapidamente para atender a todos os feridos.

Diante das tensões crescentes na região, a comunidade internacional expressou preocupação com a escalada do conflito entre Israel e o Hezbollah. O líder do grupo xiita prometeu retaliar contra Israel, aumentando ainda mais os temores de um agravamento da situação e uma possível guerra total na região.

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