A principal controvérsia gira em torno da interpretação das ações dos tripulantes do Titan momentos antes da implosão. Enquanto especulações iniciais sugeriam que a soltura de pesos indicava uma tentativa de emergência por parte da equipe, depoimentos e evidências apresentados durante a audiência desafiam essa narrativa. Um dos pontos cruciais é a análise das comunicações entre o submersível e seu navio de apoio, que indica que a tripulação não transmitiu sinais de emergência durante a descida.
De acordo com relatos da audiência, a soltura de dois pesos pelo Titan foi explicada como uma ação para controlar a flutuabilidade do submersível enquanto se aproximava do fundo do mar, e não como uma tentativa de retorno à superfície. O testemunho de especialistas, como Tym Catterson, contratado pela OceanGate, reforça essa interpretação, argumentando que os pesos liberados não seriam suficientes para fazer o Titan subir, uma vez que o equipamento normalmente carregava uma quantidade maior de lastro.
Diante desses novos fatos apresentados durante a audiência, as especulações sobre as circunstâncias da tragédia ganharam contornos mais complexos e questionadores. A hipótese de que os mergulhadores estavam cientes do perigo iminente e tentavam realizar uma subida de emergência foi desafiada, revelando um panorama mais sutil e ambíguo sobre o que de fato ocorreu nas profundezas do oceano naquele fatídico dia. A verdade por trás do triste episódio do Titan parece estar longe de ser totalmente compreendida, reforçando a necessidade de investigações detalhadas e imparciais para esclarecer os mistérios que envolvem essa trágica história.